O flúor é um preventivo a cárie dental uma das doenças mais acometida aos brasileiros.
Histórico:
Desde 1974, a fluoretação das águas é obrigatória no Brasil, onde exista Estação de Tratamento de Água. Tal obrigatoriedade foi estabelecida pela lei federal 6.050, de 24/5/74, regulamentada pelo decreto 76.872, de 22/12/75.
Nos locais onde a água é fluoretada, as pessoas não devem fazer uso de mais flúor sistêmico, pois o flúor em excesso é prejudicial e provoca a fluorose dental(manchas nos dentes e merda de mineralização em casos mais graves). O nível ideal de flúor na água potável é de 1 ppm (uma parte por milhão), isto é, 1g de flúor por 1000 litros de água. Nas cidades onde esse maravilhoso sistema inibidor de cáries ainda não foi implantado, a população se encontra com níveis de cáries muito maiores do que nas cidades onde já existe esse método. Fig1
Apresentação e formas de uso:
O Flúor pode ser administrado por via sistêmica em que o mesmo será ingerido por intermédio de água fluoretada e suplementos de flúor. Já pela via de ação tópica, ele poderá ser administrado por meio de dentifrícios (creme dental) fluoretados, de soluções para bochecho ou pela aplicação direta, que deve ser realizada no consultório pelo dentista. Ele tem sido classificado como o agente inibidor de cáries mais eficiente, seguro e econômico.
Forma de ação e combate e cárie:
O flúor disponível topicamente é absorvido pelo microorganismo e, no seu interior, interfere na atividade enzimática e no controle do pH intracelular, reduzindo a produção de ácidos produzidos pelas bactérias que consomem o açúcar. Newbrun (1989) constatou que a fluoretação da água reduz de 20 a 40% a prevalência da cárie em adultos. A interrupção da fluoretação faz cessar o efeito preventivo.
Dicas:
Você pode e deve escovar seus dentes com uma pasta dental contendo flúor, fazer bochechos diários (Fluoreto de Sódio 0,05% ) com solução de flúor e ainda utilizar a aplicação tópica de 6 em 6 meses, no consultório do dentista.
O bochecho deve ser feito durante um minuto, e crianças menores de 6 anos não devem utilizá-lo, pois o produto ingerido será prejudicial ao organismo. Assim, o flúor em solução deve ser mantido fora do alcance das criança
Fig1
Fonte:
Amaral FP 1986. Por que 'enriquecer' a água com flúor?, pp. 127-161. In Discriminação e mistificação em alimentação. Alfa-Omega, São Paulo.
Dr. Christian G. Garcia
CRO RS 25552